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Cheguei em casa e estacionei meu carro, e entrei em casa. Liguei a televisão e ouvi passos lá fora.

Era o tênis de professora Juliana, parando em frente olhando para a minha casa e saindo. Não sei se ela havia me visto na janela, ou se é como diziam estava querendo tocar o terror. Liguei a televisão e estava num comercial da Pharmacom
"Ah não" disse eu, já esperava um novo comercial, já imaginava a liberação do hormônio, fator ou outra coisa que não estivesse na legislação, e como estavam "aumentando" a escola com certeza saberiam de alguma coisa. O comercial começava com uma casa, em que mostrava uma família comum dentro de seus a fazeres cozinhando, comendo, as crianças jogando seus jogos, fazendo sua brincadeira, até que a campainha tocava. O pai iria abrir e saía de casa e a câmera saía junto com ele e visualisava uma família gigantesca! Duas meninas um pai e uma mãe, com cara de jovens e super bem sucedidos. Uma das crianças que aparentava ter uns 9 anos pegava-o e dizia "posso brincar com ele papai" e depois a visão ficava turva e apareciam as seguintes instruções. "Essa é a visão e o futuro que você quer para a sua família? Não? Então ou lute para a liberação, ou se prepare pois é isso que os espera"

A imprensa era livre então a Pharmacon poderia fazer e fomentar políticas contra as decisões dela. Eu pensava, como a população é burra claro que vai lutar contra a proibição, assim só os ricos poderiam comprar mais hormônios e assim eles ganharem mais dinheiro. Entrei no site da Pharmacon, parece que eles haviam ampliado o servidor já que o site entrou facilmente, já havia um abaixo assinado com 100 mil inscritos (muitos também donos de empresas ricas e grandes obrigando seus funcionários pequenos) a assinarem, e só fazia crescer.

Lá num canto da tela que a maioria não deve ter visto (na verdade só eu parecia ter percebido) eles vendiam uma casinha de madeira igual a do comercial, bem parecida com a minha para que os pobres e outros menores trabalhassem e vivessem na casa deles, e tinha até o currículo para deixar! Com certeza muitos iriam lá só para aparecer e serem os primeiros nessa brincadeira. Fui dormir. Acordei cedo no dia seguinte para ir a internet. A Pharmacon já tinha conseguido as assinaturas suficientes, entrei nos sites de relacionamentos, tinham algumas pessoas contras, mas a grande maioria (apesar da redondância, e também de manipular os menores a irem na mesma opinião deles e da empresa).

Liguei a televisão. O primeiro jornal da manhã avisava que o governo liberou hormônios e fatores de crescimento. Porém a Pharmacon em caso de negativa já tinha outra carta na manga, logo depois do anúncio oficial veio o lançamento do DNAH 3000. Junto com ele você já ganhava uma casinha daquelas, e pelo visto era um brinde. Pela hora com certeza o produto já estaria administrado nas pessoas na hora da aula, sendo que começava as 10 e ainda eram pouco mais de 7 da manhã. Vi Rafaela Marone na fila, estava maior do que nunca e ainda não havia tomado a dose, que só era aplicada na sede da Pharmacom, não por coincidência, num dos lugares mais ricos da cidade. O camera a viu se aproximar da bancada e pegar a casinha que ela tinha que agarrar porque era grande, apesar dela ser enorme para levar uma casa inteira.

"Se o FH2 fazia crescer metros, o que esse faria? Quilômetros?" eu disse para mim mesmo rindo temendo a verdade. Após ela tomar a injeção que pelo site valia 1 milhão, o câmera distanciou a câmera que estava no rosto, e aí percebi que os chinelos eram enormes para os pés (já grandes dela), pareciam de adulto num pé de criança. O short chegava na altura dos joelhos e era para ficar agarrado no corpo enquanto o top ficava um pouco acima do umbigo. Parecia que ela havia encolhido nas roupas, depois da injeção tudo mudou, seu corpo começou a fibrilar, e ela preencheu tudo o que estava faltando! Agora poderia levar a casa com uma mão só! E eu as veria na escola em breve.

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