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Ao chegar todas estavam sentadas na quadra, ainda bem porque se elas levatassem quando eu chegasse ia ser muito constrangedor.

Expliquei que hoje jogaríamos vôlei para valer e uma delas questionou porque eu não jogaria? Eu falei que era apto a jogar, e ela disse que não faria diferença. Bom logo eu entenderia o porquê.

Fiquei num time com 6 e outras com 5. Quando elas levantaram eu percebi, a cabeça delas simplesmente passava da rede.

Comecei na posição quatro, uma das do bloqueio. O saque começava com o outro time e é claro que pela minha altura eu ficaria como levantador. Na primeira recepção a bola veio para mim e levantei, porém muito baixo para elas. Que sem saltar deu uma cortada para o outro lado, na volta eu tentei inútilmente me preparar para o bloqueio, e fiquei imprensado entre duas garotas enormes que ao saltar me impressaram entre suas nádegas e me impediram de subir.

Elas efetuaram o bloqueio, mas a bola foi para fora. Eu caí no chão e fiquei um tempo zonzo, e a aula foi parada, por uns 3 minutos. Depois elas me levantaram e continuamos. Vi a garota que se preparava para sacar devia ter 2,40. Olhando de frente se ela estivesse perto veria apenas seus seios, e se levantasse meu braço, não conseguiria chegar ao seu queixo!

A mão dela engolobava a bola quase que totalmente, ainda bem que eu estava na rede e não seguraria o saque dela. O petardo foi preciso, uma aluna recepcionou a bola perfeitamente para mim, eu a levantei dessa vez bem alto, e ela veio voando como um foguete, vi o seu quadril passando na altura da minha cabeça e literalmente ignorando o bloqueio adversário, que era alto e cravando a bola no chão. Rodamos e fui para o meio de rede.

Agora sim fiquei entre duas garotas enormes, na posição mais "perigosa". Após o saque tentei ficar perto da rede, mas uma aluna ficava olhando para baixo e para frente ficava literalmente com a cara nos seios dela, após o saque e o levantamento, fui para a cobertura, consegui pegar a largada, uma a que estava na rede fez o levantamento só que muito alto, no cair da bola saltei e cortei, uma única boloqueadora que colocou as mãos na altura da cabeça fez a bola cair no chão, quase como uma contra cortada e a bola bateu na minha frente e logo depois na minha barriga.


_"Desculpa professor é que estou pensando que estou levantando para alguém do meu tamanho"

_"É mas não está, não está vendo" disse brincando. No saque delas, uma garota tão alta quanto a que estava sacando se preparou para o serviço dó que aliviou a mão, na recepção a bola novamente foi bem colocada para mim, que levantei, mas a atacante não me viu, ao saltar bateu o joelho na minha têmpora, e pisou no meu quadril, após minha queda, ela ainda esbarrou na rede e voltou quase caindo por cima de mim.

Parecia que eu tinha sido atropelado. Após um tempo elas viram que eu estava bem e me ajudar a me levantar. Não estavam fazendo de propósito, mas é que pela diferença de tamanho, e pela convivência delas com pessoas ao menos próxima da altura, era normal que não me vissem ainda mais na gana da vitória. Estava bem, e pronto para outra, apesar de querer sincera e honestamente que não acontecesse.

Saque nosso, a recepção delas foi bem feita assim como o levatamento e o ataque, no momento da cortada, eu gritei:

_"Bloqueio defensivo" elas espalmaram a bola para trás, uma outra garota do meu time fez a recepção, eu levantei, a e mesma que me atropelara cortou, o rallie continuo com uma grande (e põe grande nisso) defesa do time adversário, me animei com o andamento do ponto, fui para o bloqueio, e me esqueci que minhas parceiras tinha mais de 2 metros, e ao gritar bloqueio triplo e saltar, uma nádega me jogou metros para trás, e na continuação do lance eu bati no que pareceu uma parede caí no chão, ainda ouvi alguns gritos de "Pega a bola", mas ela bateu na minha cara e caiu no chão.

A cena foi engraçada até para mim, porém era frustrante para eu um professor e apesar da altura dominava bem a modalidade. Um outro serviço das adversárias, a recepção foi na minha mãe, só que bem próxima a rede, eu dei uma largada de segunda, a bola ainda bateu na cabeça de uma delas antes de cair no chão. Rodamos novamente e fui para a saída de rede. Após o nosso saque elas fizeram a recepção e depois cortaram bem na diagonal em que eu estava, só vi a bola crescendo na minha direção, e explodir na minha cara. "Por sorte eu tenho a cabeça dura" disse ao me levantar.

Ela não tinha usado muita força, porém a diferença física era muito grande (e põe grande nisso). Eu sabia que não tinha mais condições de continuar jogando no mesmo nível que elas, então resolvi dar uma desculpinha (que não era muito a minha) e ir falar com a diretora sobre os alunos que saíram.

_"Meninas vou conversar com a diretora sobre os colegas que saíram, já volto". Eu pensava em voltar, mas somente quando a aula estivesse terminando e para dar as notícias.

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