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Capítulo IV - A direção

Ao entrar na sala da diretora, ela estava sentada, e pelo jeito incomodada com a cadeira. Era loira, alta de olhos azuis, além de diretora era a dona do colégio. 

_"Licença" pedi ao bater na porta 

_"Já entrou mesmo, diga professor o que posso fazer por você" Ela se remexia muito na cadeira parecia incomodada. 

_"Desculpe minha indelicadeza. Pode se sentar por favor" E o fiz. 

 

Pensei em pedir um aumento ou certo nível de hormônios para continuar as aulas, mas isso passou brevemente pela minha cabeça, tamanho não era documento, e o que importava e sim os valores e os exemplos que eu passava para eles. 

_"Então, vim saber o que aconteceu com os garotos que deixaram o colégio Caio, e Igor" 

_"Eles não conseguiram manter o padrão de pagamento, e com os hormônios ao mesmo tempo" "Então os hormônios são obrigatórios?" 

_"Não, mas eles preferiram sair do que a comprá-los, é melhor que seja assim, aí mostraremos o alto padrão daqui"

_"E as reformas são para adaptar a classe a elas?"

_"Sim, venha eu vou lhe mostrar, nossa preciso trocar essa cadeira"

Ela se levantou e também estava como as outras, e até mais alta! Eu me levantei e batia abaixo dos seios dela!

_"Você também tomou hormônios?" 

_"Claro eu posso e você pelo jeito não, venha vamos." Depois de um riso ela me conduziu até a uma das classes que estava sendo reformada. Um pedreiro estava em cima da escada, já encerrando o batente, que devia ter mais de três metros.

Ao olhar as carteiras também estavam adaptadas as garotas. Eu me sentei numa delas e fiquei balançando as pernas como uma criança num sofá de adulto! Parecia um playground. Olhei para o pedreiro ele a uns 5 degraus na escada encarava a diretora de frente. 

_"Vamos Professor até amanhã eles devem ter terminado e você poderá voltar com suas aulas na classe" "Obrigado pelo respaldo diretora" 

_"Não há de quê e vê se cresce hein hahaha" Eu também ri, mas estava com medo. Eu até gostava de mudanças, mas essa havia sido muito repentina e impactante. Voltei a quadra e as garotas estavam suadas, e também já era o final da aula, eu apitei e terminei com a chamada. Uma das garotas colocou a mão no meu ombro, estranho porque nunca haviam feito isso 

_"Professor está muito fácil pra nós tente na próxima aula aumentar a rede" 

_"Mas aí é contra as regras, e eu não conseguirei jogar querida" 

_"Então podemos mudar as regras, você é bom nisso" 

_"É verdade irei pensar". Mesmo ficando a uma certa distância, qualquer uma me intimidava. Ao sair vi que as mães que esperavam suas filhas eram tão grandes quanto! Se continuasse nesse ritmo em breve eu poderia passar por baixo das pernas delas. Peguei meu carro no estacionamento e fui para casa. Ao chegar tomei um banho, relaxei e liguei a televisão. Era uma propaganda da Pharmacon, uma das maiores companhias farmacêuticas do mundo. O anúncio seguia assim

_"Estamos anunciando a revolução, agora a Pharmacon entrou para vencer no mercado de hormônios e em pouco tempo e muita eficiência, desenvolveu o fator de crescimento 1 ou FH1, o mais potente revolucionário e acumulativo hormônio de crescimento já desenvolvido. 

Com eles vocês terão mais altura, sucesso social, na carreira profissional (e entre parênteses passava que ninguém iria promover uma pessoa de baixa estatura que não passava além de credibilidade, postura e imponência), tudo com apenas esse hormônio." E não temiam em destacar o preço. "Você pode adquirí-lo, cada dose por 350,000 mil dólares. "Uau, antes eram 200 mil e agora era além de dólares 350 mil!!! Esse hormônio devia cantar o hino nacional de cabeça para baixo e fazer você pular" Eu imaginei. "Já aceitamos encomendas". E depois o jornal começou.

 

"Bom, assim a reforma não vai adiantar de nada" pensei comigo mesmo. No jornal passou que estavam começando a ter alguns problemas com o crescimento rápido da população mais rica, como desrespeito a autoridades, os policiais não conseguiam controlar jovens maiores que eles, e naturalmente tinham medo. "E isso está só no início ao menos como professor me respeitam" imagino eu, ao menos elas não tinham nada contra mim. Fui jantar e dormir.

Ao acordar me troquei e saí de carro. Dava aula todos os dias nessa escola, apesar de parecer escravizante, ensinava os alunos como ter uma rotina diária, e devem ter percebido que dou poucas aulas por dia. Mesmo ganhando bem nem de longe poderia ter a indescência de pagar nem 100 mil reais quanto mais 350 mil dólares em hormônios. Apesar de ter o dinheiro, não poderia gastar tudo de uma tacada só.

Conforme eu ia passando dos bairros mais pobres (onde eu morava e era um exemplo por onde eu consegui chegar saindo de baixo, apesar de agora pelo tamanho estar por baixo), vi como as pessoas iam realmente aumentando conforme ia chegando nos bairros mais abastados. Inclusive os carros eram maiores, e só tinham casas ao invés de prédios que seriam mais difíceis de reformar. Um carro do mesmo modelo do meu parou ao meu lado, só que era um terço maior. Com certeza o ocupante era alguém que também deveria ter tomado o tal do hormônio. Estacionei o carro, ao sair vi que esbarrei em alguém, olhei para baixo e vi pés grandes num sapato de mulher e disse:"Desculpe senhora" 

_"Senhora?" Era uma voz de criança, olhei para cima e tinha o rosto de criança, mas era enorme! Devia ter uns 10 ou 11 anos e tinha mais de 2,20! Logo depois sua mãe chegou 

_"Oi filha com quem estava falando?" 

_"Com o professor de biologia e educação física" "E onde ele está?" 

_"Aqui do meu lado" Vi uma cabeça passar por cima da garota como se estivesse flutuando, era uma ruiva de olhos gritantemente verdes e cabelos lisos. Sua filha seria igual a ela quando crescesse, e como cresceria. 

_"Ah bom dia professor, desculpe não havia lhe visto, apesar que deves estar acostumado com isso" disse olhando com certo desdém 

_"Ainda estou me acostumando senhora, mas como eles crescem rápido não?" 

_"É os que prestam sim". 

Saí dali e fui para a classe, não era ético arrumar briga nem discutir com pais de alunos, ainda mais quando eram muito maiores que vc, além do que poderia pegar mal para o trabalho, e também estava cansado dessa humilhação. Haviam poucas pessoas ainda por perto, todas enormes com exceção dos funcionários como porteiros, aliás a portaria também havia sido reformada para atender o novo público.

O que agora parecia um portal tinha quase 4 metros e meio! Parecia mais a entrada de um grande parque de diversões. Andei olhando para baixo, queria logo chegar na classe, aí esbarrei em outra coisa, olhei para baixo era um pé enorme num salto que o comportava pernas longas, e na altura da minha visão uma camisa social! 

Mais acima seios e lá no alto o rosto da diretora! _

"Bom dia Professor" 

_"Bom dia Diretora" Eu estava na altura da cintura dela. Tudo bem que ela estava de salto, mas não justificava aquela diferença. Fui para a classe, o batente tinha em torno de 4 metros de altura, bem mais do que tinha visto ontem. A minha mesa continuava do mesmo tamanho porém das minhas aluninhas eram o dobro.

Eu passei pela porta em que a maçaneta estava na altura da minha cabeça, me sentei, ouvi o sinal quando as minhas "aluninhas" começaram a chegar.Sentado da minha cadeira, via um desfile de moda, de shorts curtíssimos, e também de sandálias, com saltos baixos, rasteiras, camisas regatas.

Não sei se era a impressão, mas o andar delas todas juntas parecia fazer o chão tremer, eu imaginava que em breve bastaria o andar de uma só para que eu percebesse isso. Sentaram-se nas suas carteiras, e naturalmente ainda tinham duas vazias dos alunos que desistiram. Esperei todas elas se sentarem para me levantar.

As carteiras delas batiam na altura do meu esterno, enquanto com elas sentadas com a postura correta, e eu olhasse para frente estaria abaixo dos seios delas. Eu fiquei na frente da classe, e parecia que elas não se importavam com o meu tamanho ao menos parecia. Eu me sentia como um ser inferior que seria julgado por um júri gigante.

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