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Batia abaixo do seu joelho, e ao tocar na canela dela, ela se assustou:
"Ah é você!" Exclamou.

Olhei para a batata da perna dela, e depois para o tênis, era quase do meu tamanho!

Ela falou para eu pegar as bolas novamente no carrinho, e logo depois o sinal tocou. As alunas novamente eram proporcionais a ela, a mais alta porém batia no seu nariz.
Novamente ninguém havia me notado e resolvi me pronunciar:
"Bom dia classe" elas imdiatamente olharam para baixo e responderam com uma cara de supresa, por não terem me visto mesmo
"Bom dia"
"Agora aqui em cima" disse professora Juliana atraindo a atenção para ela. "Hoje faremos uma aula exclusivamente de jogo, com tática e tentando aplicar os fundamentes que usamos ontem, para isso usaremos novas bolas (nisso ela pegou uma das que eram do meu tamanho na mão e só com a força do fechar a fez esfarelar), vocês usarão estas"

Não era do tamanho delas, eram como bolas de basquete para mim, porém para elas continuavam sendo do tamanho de bolas de tênis.
"Claro nosso querido professor não poderá participar senão sofrerá sérios riscos com vcs"
Elas já riram de uma forma mais descarada do que antes. Estavam perdendo a vergonha. Eu saí da quadra, e fiquei com o apito afinal eu controlaria o jogo e esperava que ninguém fosse me intimar ou reclamar de algo.

A aula ocorreu sem problemas, ninguém me pisou, ou caiu em cima de mim durante os exercícios. Também não me recordo de ter marcado nada de errado.
Contudo a responsabilidade era maior assim como as atletas.

Ao terminar estava saindo quando um pé enorme parou na minha frente, depois foi o descenço de suas coxas morenas e torneadas com seus breves pelinhos dourados:
"Sabe que minha filha tem o dobro do seu tamanho?" eu estava sendo levado para um lado que não queria, pelo jeito ela queria que eu perguntasse justamente isso, mas acabei cedendo
"E quantos anos ela tem?"
"5" Se levantou, riu e saiu andando, porém de repente parou e disse
"Sabe se continuarmos assim creio que vc "professor" poderá servir de brinquedinho para ela algum dia" E soltou uma gargalhada maior ainda.

Não queria que o que ela previu acontecesse, saí da escola, passei entre pernas e pés de mães e filhas (nesses últimos tempos só via meninas não sei se porque os pais só tinham filhas mulheres, se era um plano para as mulheres dominarem o mundo ou se quem desse o hormônio ou fator se preocupasse mais com elas.

Ao ligar a televisão, já temia ver a propaganda do FH2 ou pior de outra droga porém a notícia foi positiva.
"O governo irá adaptar todas as repartições públicas para pessoas que acompanharam o crescimento de GH1, GH2, FH1 e FH2. A justificativa foi que todos tem direito ao poder público e atualmente não conseguiam entrar se sentindo descriminadas, e pela lei não podem, por cor raça (que só tinha a humana e agora a dos gigantes) e tamanho"

"Discriminadas (eu até engasguei com a comida que tinha feito e colocado para comer em frente a poltrona, e apesar do aparente sedentarismo eu tinha um bom corpo) Nós somos discrimandos pelo tamanho e não eles, eles tiveram escolha nós não".

Porém havia outra notícia que me fizera ganhar o dia. "Agora o consumo e venda dos hormônios e fatores estão proibidos, os que consumirem serão presos, além do que será perceptível o uso deles"
"Bem" disse eu comemorando.
"Agora pelo menos não serei pisado, ao menos não com facilidade. Fui dormir. No outro acordei cedo, dia peguei minhas coisinhas (que eram pequenas mesmo), e meu carro e saí dirigindo.

No rádio ouvi falar que o mundo (e não só o Brasil estava com essa dos hormônios) iria gastar 100 trilhões de dólares para arrumar tudo ao acesso dos maiores! Bom com um dinheiro desses eu passava um fim de semana da hora. Cheguei no colégio e vi algumas modificações logo de cara.

O estacionamento tinha vagas demarcadas para carros maiores, postes e algumas outras coisas como árvores, já estavam no padrão deles.

Como era um dos bairros mais abastados era comum que começasse por ali já que era o lugar onde mais pessoas que injetaram os hormônios moravam. Entrei logo no colégio e já vi professora Juliana com um carrinho de bolas, e bolas adaptados ao tamanho delas! Eu devia parecer um pino de boliche para ela, e pelo nosso relacionamento ela tinha muita vontade de fazer um strike.

A trave batia na altura da testa dela. Com certeza por essa proporção ela sempre teve mais de 2 metros, mesmo antes dos hormônios. O sinal tocou e me posicionei junto dela no centro da quadra e ela disse logo após as outras chegarem e sentarem:
"Bom dia classe"
"Bom dia" uma aluna me viu e disse:
"Bom dia professor"
"Nossa nem tinha te visto, você parece menor a cada dia" retrucou Juliana olhando para baixo e com um ar cada vez maior (e põe maior isso) de desdém.
"Meninas vamos ao jogo agora, seis para cada lado" "Mas professora, somos só 10, 11 contando com a senhora" reparou a mesma aluna que tinha me visto
"Mas seu professor também vai chegar, bem não vai ser 6, mas 5 e um terço" e todas voltaram a rir.

De repente vi algo bater pesadamente na minha frente e voltar para cima. Era a bola. A professora tinha quicado ela de propósito.
Eu era do time contra o dela, a chamei e pedi para ela se abaixar para trocarmos uma palavra
"O que você quer, ah sei quer ser a boneca da minha filinha?"
"Pelo andar da carruagem eu nunca serei a boneca da sua filha"
"É o que vamos ver". Com o começar da partida a minha preocupação maior (e põe maior nisso).

De repente me passou pela cabeça, vendo aquelas pernas, pés e coxas enormes, alguém do meu tamanho perdendo a virgindade com a professor Juliana.
Fiquei parado por nada mais que dois segundos e nisso minha visão literalmente escureceu.

Fiquei imaginando desenhos animados, e depois o que e porquê poderia ter acontecido.
Será que tinha sido acertado por uma bola, apesar que com o meu tamanho ninguém iria jogar a bola para mim eu não conseguiria segurar, estava mais para um jogo de bobinho.

Fui recobrando a consciência aos poucos. Professora Juliana estava quase de cócoras sobre mim, e quando me viu abrir os olhos levantou me dando a impressão de ser maior do que nunca! "Ele quebrou a perna temos de ligar para o hospital, desculpe meninas aula encerrada"

Realmente minha perna doía horrores, e as vi saindo e desejando melhoras para mim.
"O que aconteceu Juliana?"
"Eu não vi você, esbarrei e meu pé pisou na sua perna" disse ela descaradamente ainda olhando para o celular
"Ah mas isso não vai ficar assim"
"Não mesmo sua perna já vai melhorar" Apesar da dor adormeci, não adiantaria nada ficar se revirando ou reclamando, só faria piorar a fratura, acordei no hospital.

Sendo cuidado por enfermeiras e médicas de 3 a 5 metros.

Vi a enfermeira enrolando o gesso na minha perna como se tivesse tratando um bebê, ou estivesse num hospital de bonecas. A maca era grande o suficiente para alguém do tamanho da professora Juliana que deveria medir quase 6 metros!
Fiquei no hospital o dia inteiro, e calado, sem receber visitas.
Não tinha família, pensei que alguma aluna, a professora Juliana ou até mesmo a diretora viria, ledo engano.

Tinha certeza de que as aulas não haviam parado por causa do "acidente" e nem queria que acontecesse. Logo pela manhã eu teria alta, antes pedi a uma enfermeira (que era loira linda e deveria ter algo entre 3,40 e 3,60) um telefone e uma lista telefônica.

Ela colocou o telefone do meu lado, já que era difícil para eu carregá-lo e liguei para a promotoria pública da cidade. Contei a minha idéia e as duas advogadas com quem conversei toparam na hora. Em pouco tempo depois da minha alta eu as encontrei. Tinham em média 4 metros, me olharam com certo receio, mas aceitaram o meu caso, nós iríamos processar a professora Juliana.

Chapter End Notes:

Comentem :D

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